Bahiagás participa de plenária sobre políticas públicas e competitividade no setor de gás
Como parte da programação do Bahia Oil & Gas Energy 2024, a Plenária Principal recebeu, na tarde da quinta-feira (23/05), a conferência “Políticas públicas e competitividade no setor de gás”. O evento contou com participação do diretor-presidente da Bahiagás e presidente da Abegás, Luiz Gavazza.
Em sua apresentação, Gavazza ressaltou a importância da feira para o mercado de gás natural. “A Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb) tem feito um esforço enorme, junto à Confederação Nacional da Indústria (CNI), para redesenhar um movimento de neoindustrialização no país, visando à recuperação da indústria brasileira após os desafios dos últimos anos”, destacou.
Na ocasião, Gavazza traçou uma linha do tempo sobre a abertura do mercado de gás natural, iniciado em 1988 com a separação dos mercados de petróleo e gás. Ele também mencionou a 1ª Chamada Pública para aquisição de gás natural, uma iniciativa pioneira realizada pela Bahiagás em 2017. “Nos anos seguintes, as outras nove Distribuidoras Locais de Gás Canalizado (CDL) realizaram uma chamada Coordenada para propostas de suprimento de gás natural”, explicou.
O diretor-presidente enfatizou o papel fundamental do gás natural na transição energética, substituindo energéticos mais poluentes e reduzindo as emissões de CO2, praticamente zerando os particulados. “Nós vivemos as eras da lenha, do carvão, e do petróleo como energéticos dominantes. Hoje estamos na era da pluralidade, onde combustíveis fósseis coexistem com energias renováveis. Essa transição deve ser integrada, utilizando todas as fontes de energia disponíveis, sempre visando à sustentabilidade. É preciso avançar na redução da emissão de carbono”, afirmou. “O gás natural se renova quando misturado com o biometano e o hidrogênio verde, integrando esses novos energéticos e ajudando a reduzir as emissões de carbono”.
Gavazza destacou ainda que a produção de biometano resolve problemas sociais significativos, como o lixo urbano, resíduos do esgotamento sanitário, os resíduos agrícolas e do agronegócio, que poem ser monetizados. “Agora estamos numa fase onde é fundamental que o Governo Federal intervenha para complementar essas políticas públicas, estabilizando-as e viabilizando-as para avançar na abertura do mercado e na descarbonização da matriz energética brasileira”, finalizou.
O evento também contou com a participação do moderador Carlos Danilo (FIEB); do diretor de Energia e Descarbonização da Braskem, Gustavo Checcucci; do diretor Comercial e Regulatório da TAG, Ovídio Quintana; e dos membros do Comitê Nacional de GNV e da Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Petróleo e Gás (ABPIP), Gabriel Kropsch e Regina França, respectivamente.
Foto: Paulo Macedo