Bahiagás promove debate sobre Transição Energética no Bahia Oil & Gas Energy 2024

O segundo do Bahia Oil & Gas Energy 2024 iniciou com a mesa “Bahiagás Convida: Transição Energética”, que aconteceu às 10h, na Plenária Principal. O evento, mediado pela diretora Técnica e Comercial da Companhia, Larisse Stelitano, e abordou o papel do gás natural na busca por uma economia de baixo carbono.

Larisse destacou a relevância do gás natural na Bahia, onde a distribuição diária atinge cerca de 6 milhões de metros cúbicos, evitando aproximadamente 1,2 milhões de toneladas de CO2 por ano, o que equivale ao plantio de 8 milhões de árvores. “Esse é um dos motivos que faz do gás natural a energia da transição”, afirmou. “Ao ser integrado às energias renováveis intermitentes, o gás natural garante uma transição energética segura, sustentável e acessível”.

“Neste sentido, a distribuição de biometano, um gás natural renovável, é totalmente aderente às nossas infraestruturas, e está sendo desperdiçado todos os dias, nos lixões, na decomposição de materiais orgânicos, o que já contribui para que a produção dessa energia seja imediata”, citou a diretora, lembrando da missão da Bahiagás em distribuir gás canalizado, com foco no desenvolvimento da economia baiana, de forma sustentável. “Como já temos tecnologia, o combustível do futuro está bem presente entre a gente, pulsando para ser aproveitado”.

Celso Rodrigues, superintendente de Energia e Comunicações da Seinfra, reforçou a importância de uma transição energética que integre sustentabilidade e desenvolvimento econômico. Já Tahis Nunes, diretora Geral do Departamento de Tarifas e Pesquisas Socioeconômicas da Agerba, abordou os desafios regulatórios da transição energética na Bahia. Ela enfatizou a necessidade de um olhar atento para a distribuição e comercialização do gás natural, garantindo equilíbrio e competitividade. “Nosso desafio inicial era regular o mercado livre, o que foi feito com sabedoria. Agora, enfrentamos o desafio da transição energética”, afirmou.

O assessor Especial da Sema e secretário Executivo da Comissão Especial para Economia de Hidrogênio Verde da Bahia, Roberto Fortuna, destacou que o Governo do Estado está finalizando o projeto de Lei de Transição Energética para a Bahia. O projeto, que será enviado à Assembleia Legislativa, instituirá o Plano Estadual para Transição Energética e o Programa de Transição Energética (Protener). “O setor de óleo e gás está se transformando para se adequar às tendências mundiais de transição energética e aos acordos internacionais de mitigação das mudanças climáticas”, explicou.

Gustavo Campos, superintendente de Planejamento e Gestão Territorial da Sedur, apresentou dados da Associação Brasileira de Biogás (Abiogás). Ele destacou que o Brasil já possui 20 plantas de biometano em produção, com seis autorizadas pela ANP, gerando cerca de 417 mil m3/dia. “Temos outras 21 plantas em processo de autorização, incluindo uma em Juazeiro com previsão de produção de 50 mil m3/dia por dia a partir de resíduos agrícolas, oriundos da Agrovale”, informou Campos.

Finalizando a mesa temática, o diretor Técnico e de Planejamento da Embasa, Clécio Costa Cruz, detalhou a recente entrega do inventário das emissões de efeito estufa da empresa. “Temos que ter uma política de saneamento que leve em conta uma questão de recuperação energética de resíduos sólidos urbanos, que vão nortear parâmetros de oportunidades de negócios”, ressaltou.

O Bahia Oil & Gas Energy se fortalece como um fórum importante para discutir e planejar o futuro energético do estado, evidenciando a importância da colaboração entre os participantes de todo o setor na busca por soluções sustentáveis e inovadoras.