Bahiagás participa da 4ª edição do Fórum Internacional de Hidrogênio, em Salvador stars
A 4ª edição do Fórum e Feira Internacional de Hidrogênio, que ocorreu entre os dias 21 e 22 de novembro, no Centro de Eventos do SENAI Cimatec, em Salvador, consolidou a Bahia como líder nacional na promoção do hidrogênio verde, um pilar da economia de baixo carbono. O evento, com patrocínio da Companhia de Gás da Bahia - Bahiagás, reuniu especialistas nacionais e internacionais para debater o papel do hidrogênio verde na construção de um futuro sustentável.
Na abertura do evento, o diretor-presidente da Companhia, Luiz Gavazza, destacou a importância de o estado receber o evento. “Hoje é um dia histórico, nos consolidando como um grande polo de produção e movimentação de energia”, disse. “O Hidrogênio Verde é o futuro, e a redução do carbono é uma temática cara ao governo do Estado. Por conta disso, a Bahia produziu, nos últimos anos, mapas que detectam o potencial de produção das energias renováveis”, acrescentou.
Segundo Gavazza, o governo do Estado entrou de cabeça no processo de transição energética e descarbonização. “Investimos na substituição do uso do diesel pelo gás natural, o que reduz em até 38 vezes o índice de emissão de carbono, além de zerar a emissão de partículas que podem causar infecções respiratórias.”
Já diretora executiva da Associação Brasileira da Indústria do Hidrogênio Verde (ABIHV), Fernanda Delgado, reforçou a importância de colocar o Brasil na liderança da discussão sobre o Hidrogênio Verde como um player internacional . “Estamos aqui para colocar o país na pauta descarbonizadora. Temos energia renovável, disposição de terras, disponibilidade de água e uma geopolítica favorável, necessárias para uma matriz industrial voltada para a energia renovável”, declarou.
O secretário de Meio Ambiente da Bahia (Sema), Eduardo Mendonça Sodré Martins, enfatizou que o estado possui enorme potencial para a geração de energia limpa, sobretudo com o hidrogênio verde, e reforçou o compromisso de garantir um meio ambiente equilibrado para as futuras gerações, conforme preconiza o artigo 225 da Constituição Federal.
O secretário também ressaltou que o hidrogênio verde representa uma oportunidade estratégica para o estado consolidar sua liderança na transição energética, contribuindo para o avanço econômico e ambiental de forma integrada. Além disso, destacou que o Governo da Bahia tem adotado iniciativas inovadoras para atrair investimentos, fomentar o desenvolvimento de tecnologias limpas e capacitar a população local. “Estamos criando as condições necessárias para que a Bahia se torne um modelo de desenvolvimento sustentável, onde economia, meio ambiente e justiça social caminhem juntos”, disse.
O vice-governador Geraldo Junior, representando o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, destacou a liderança do estado nas políticas sustentáveis. Ele enfatizou o pacto federativo como ferramenta para fortalecer a colaboração entre os estados e promover o desenvolvimento integrado. “Na Bahia, usamos um mapa estratégico e demográfico para garantir que nossas ações sejam eficazes e sustentáveis”, afirmou. Além disso, destacou os investimentos em infraestrutura e inovação, alinhados ao programa Bahia + Verde, que visa a descarbonização industrial e a geração de empregos.
Debates
Durante o evento, Gavazza participou da mesa “Desafios e oportunidades da cadeia de suprimentos”, em que enfatizou a necessidade de descarbonização de setores complexos da sociedade, como transporte e indústria. “E essa transição pode, e deve, ser feita com o uso do gás natural”, disse. “A Bahia tem espaço para todas as energias renováveis, seja solar, eólica, hidrogênio verde, biometano, e também para o gás natural”.
O diretor-presidente apresentou dados sobre o gás natural distribuído pela Companhia para os participantes. “Apostamos na diversificação dos nossos supridores, em prol da modicidade tarifária. Hoje, 66% do gás natural adquirido pela Bahiagás é oriundo do onshore nordestino, e cerca de 41% do onshore baiano”, explicou. “E o governo da Bahia entende que é necessário liderarmos essa transição energética, fomentando e impulsionando todo o mercado, para que o gás se popularize e chegue competitivo ao mercado consumidor”.