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Bahiagás recebe a visita de lideranças do povo Pataxó e Tupinambá

Na manhã do dia 12/03, a Diretoria Executiva da Bahiagás recebeu a visita de representantes da Federação Indígena das Nações Pataxó e Tupinambá do Extremo Sul da Bahia – Finpat. Uma delegação de 90 caciques, cacicas e lideranças da região veio a Salvador para cumprir uma agenda com secretarias e órgãos governamentais.

Na ocasião, o diretor-presidente da Companhia, Luiz Gavazza, falou sobre a importância de se preservar a história, a identidade e a cultura dos povos originários. “É uma forma de reparar os danos históricos causados desde o período de colonização. Valorizar a cultura e a arte é um dever, uma forma de devolver à sociedade, a aceitação de nossos serviços de distribuição de gás natural”.

O compromisso dos representantes do Finpat na capital baiana tem o objetivo de buscar diálogos sobre a defesa e garantia dos direitos indígenas, demarcação e regularização fundiária, saúde, educação básica e superior, habitação, segurança, programa de luz para todos, projetos de desenvolvimento comunitário, esporte, lazer e proteção territorial.

“O financiamento aos jogos indígenas e às atividades culturais é fundamental para manter os nossos jovens dentro de nossa comunidade. A cultura resgata o indígena, evitando que se tornem vulneráveis a muitos problemas sociais que acontecem no entorno”, afirmou o presidente do Finpat, Kâhu Pataxó.

Para a professora e liderança feminina, Tamikuâ Pataxó, a cultura é preservada à medida que se investe na educação da comunidade, especialmente por meio da publicação de livros indígenas. “Muitas vezes, o professor Pataxó precisa imprimir uma apostila que só ele tem, para ensinar a Patxôhã (língua do guerreiro). O aluno indígena precisa ter esse conteúdo nas mãos”.

Larisse Stelitano, diretora Técnica e Comercial da Bahiagás, lembrou da participação ativa do Comitê Pró-Equidade de Gênero, Raça, Diversidade e Inclusão da Companhia, enfatizando a importância de uma cultura empresarial que promova o respeito e a valorização das individualidades.

Larisse mencionou a presença de gasodutos da Bahiagás próximos a comunidades indígenas e a possibilidade de estabelecer parcerias. “Podemos encontrar uma forma de realizar uma troca rica, inclusive na exploração do biometano, que precisa de aterros sanitários para que a gente possa transformar resíduos em energia”, afirmou Larisse. “É importante que, por onde a Bahiagás vai passar, leve não só energia, mas também transformação”, completou.

No encerramento do encontro, Kâhu Pataxó reforçou a ancestralidade e a importância dos povos originários. "Todos aqui têm a nossa carga genética. E para se conhecer, é preciso nos conhecer", declarou.